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8 de março de 2021

Category: Materias

Uma aventura no deserto do Sahara

segunda-feira, 19 março 2018 por drun

Por Décio Ribeiro • 2 nov, 2008 • Seção: Décio Ribeiro

coluna_decio_1_2008_11Há alguns anos comecei a participar de aventuras além das tradicionais corridas, e uma certa vez, ao ler na própria contra relógio uma matéria sobre esta prova, fiquei impressionado, e que me chamou muito a atenção, porém, achava impossível conseguir completar uma prova destas.

Veja só a ironia do destino, os anos se passaram e estou agora contando a minha historia sobre este desafio. Desde o começo do ano passado venho correndo atrás de patrocínio pra me ajudar com os custos que são bem altos, e também porque tem um tempo limite pra pagar a inscrição, e quando consegui no começo de março de 2007, o sonho já começava a se transformar. Meu contato lá fora foi a empresa No limit em Barcelona na espanha, através do Sr. Oliver, que me ajuda em tudo que era preciso.

Como eu ainda tinha outros compromissos (aventuras e corridas), minha preparação especifica somente começou em janeiro deste ano, porque  em junho do ano passado participei da maratona de são paulo, depois e agosto do tour do mont blanc na frança 163km, depois em outubro do Ecomotion pro 550 km (corrida de aventura) , e por no final do ano a tentativa do pico do aconcagua na argentina.coluna_decio_1_2008_7

Comecei então em janeiro aumentando o volume de corrida em ritmo bem moderado (trote) a 8km/h; 9km/h , porem já com mochila de 8 a 10 kg, sendo este treinamento especifico, porque na prova da Marathon dês sables voce tem que levar tudo que precisa, desde equipamentos obrigatórios (segue anexo), como também toda sua comida pra 7 dias de sobrevivência no deserto. Da organização somente recebíamos água, sendo de uma racionada. Meus longos variaram de 30 km a 62km, mais longo, nos finais de semana, e durante a semana realizava treinos de 1 hora a 2horas com mochilas e também treinos específicos nas caixas de areia que ficavam no parque taquaral de 1hora 2x na semana.

O tempo passou e finalmente tudo pronto, embarquei pra Madri dia 26/03 4af para me juntar ao grupo espanhol, onde de la fomos pra Quarzazate via Casa Blanca no Marrocos, onde de la no dia 28/03, 6af saímos em comboio de ônibus juntamente com todas as outras delegações, entre elas a inglesa, americana, francesa (maiores grupos) para o ponto de largada já no deserto do sahara. A viagem durou em torno de 6 h, porem bem tranqüila com lanche e água pra todos.

Chegando ao acampamento, fiquei na tenda numero 13, juntamente com meus amigos jordi (espanhol) , edgar (colombiano) e também com o grupo de mexicanos, o casal ramon e suraya, luis, antonio e vicente. Neste mesmo dia (6af ) foi nos servido um excelente jantar, assim como no sábado, com direito a vinho e cerveja, porem todos regrados de areia pra todo lado, pois os ventos eram fortíssimos, mas tudo com muita alegria e descontração entre os competidores.

No dia seguinte, sábado, a partir das 12:00 h éramos chamados pra checagem obrigatória, onde onde nos separávamos das nossas bagagens (onde a receberíamos de volta em quarzazate) e pegávamos um sinalizador de regaste alem de apresentar nossa mochila com o mínimo de 6,5 kg e  assinar o termo de compromisso e pegar no chip de controle.

Nervos já a flor da pele, ansiedade tomando conta, voltamos pra nossa tenda, aguardar o outro dia onde a aventura iria começar de verdade. Ao por do sol, o diretor da prova nos reuniu pra passar as ultimas informações.

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Finalmente domingo, dia 30/03, e já as 06:30 h os marroquinos responsáveis pela montagem e desmontagem das barracas, nos acordava aos gritos de iala, iala, o tempo todo onde os mesmos tinham que montar o mesmo acampamento onde nos iríamos terminar a 1ª etapa, rotina esta que repetiria toda semana. Ainda com frio, levantamos,  pra fazer nosso café da manha, pois de manha cedo ainda e bem frio, começamos a esquentar água, com nossas comidas iolinizadas, tipo macarrão instantâneo, e em poucos minutos tudo pronto. Daí últimos preparativos, cuidados com os pés, protetor solar, labial, boné, óculos escuros, maquina fotográfica.

As 09:00 h nos posicionamos na largada, e com muita festa, musica, energia, saímos pra 1ª etapa da 23 marathon dês sables.

coluna_decio_1_2008_21ª etapa  31km /: aparentemente curta, não foi nada fácil, pois já de cara pegamos 15 km de dunas, de uma beleza fascinante, porem de extrema dificuldade de locomoção (areia muita fofa), e que mesmo com as polainas de neoprene, a areia entrava em nossos pés,. Depois de um trecho destes, peguei um trecho plano porem com muitas pedras soltas, e depois um pouco mais de dunas, terminei a 1ª etapa com 4h 35min, com um calor muito forte por volta das 14hs com 46 graus marcando, fui direto pra minha tenda descansar onde já estava o colombiano edgar e o mexicano luiz.

2ª etapa 38 km: considero a etapa mais fácil, com poucas dunas, e muito trecho plano, porem me excede um pouco e terminei com 4hs 45min, muito cansado com fortes dores nas pernas.Comecei a ficar preocupado, com medo de não agüentar,  de não dar tempo pra me recuperar. O nosso organismo vai ficando mais fraco,  o desconforto vai aparecendo, como dormir no chão duro, choque térmico, calor x frio, alem da expectativa do 4º dia onde seria 75,5 km.

3ª etapa: 40,5 km : etapa duríssima, com calor de 48 graus, sendo um total de 19 km dunas, sendo na primeira parte 10 km direto de dunas. Daí alguns problemas começaram a aparecer, pois as tiras onde se fixavam as polainas, se soltaram, e a areia entrava direto nos meus pés, e também fortes ventos, atrapalhavam muito a locomoção, porem terminei e pouco mais de 6hs, e a noite foi terrível com a ventania que tomou conta neste dia, quase derrubando nossa barraca, ficando praticamente sem dormir a noite toda, pois o vento e o barulho eram intensos.

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4ª etapa : 75,5 km: novamente com o famoso iala iala, as 06:30 fomos acordados, as 09:00 h demos a largada da temível etapa, onde no km 7, uma verdadeira escalaminhada com auxilio ate de cordas, tivemos que usar. A descida também foi difícil com muitas pedras soltas entre a areia. No km 46, fiz um pit stop de 20min pra limpar e hidratar meus pés, descansar, comer um pouco, e segue pra outro pit stop agora já no km 59, no final da tarde, descansando uns 15min, dando um alivio para meus pés que estavam sentindo o desgaste desta etapa. Com muito cuidado, cautela, revezava entre trote e caminhada, ate o fim desta etapa onde as 23he 02 min terminei, muito cansado, exausto, porem muito feliz, pois sabia que so estava faltando 2 etapas, e fui direto pra minha tenda descansar, dormir.

5ª etapa : 5af – o tão merecido descanso – não corrida neste dia. Não era preciso acordar cedo, preparar mochila, simplesmente descansar e descansar. Neste dia tivemos um calor por volta de 50 graus, e tivemos 2 otimas surpresas, onde a 1ª foi receber no meio da tarde uma pepsi gelada cada um, realmente um premio naquele calor imenso. E no começo da noite, nos passaram um vídeo dos melhores momentos da prova ate aquele presente momento. Depois fomos jantar, e descansar.

6ª etapa : 42,2 : uma maratona de verdade,  sendo um trecho muito técnico, com dunas, subidas muito forte, descidas escorregadias, com um calor que chegou a 55 graus, e com muito cuidado, cautela, parando 10 min a cada posto de abastecimento de água pra descansar finalizei em 6hs e 05 min. Neste mesmo dia a noite, uma surpresa incrível, tivemos um show nada mais, nada menos , que da orquestra sinfônica de paris, realmente um show inesquecível, emocionante, inacreditável, no meio daquele deserto todo. Posso falar que me sinto um privilegiado.

7ª etapa 17,5 : uma festa, quase terminando, um trecho curto no plano, rumo a tazarine, pequena cidade de marrocos, onde se terminava a 23 ediçao da marathon dês sables. A ansiedade era grande, parecia não terminar, mas faltando 2km , pegamos pela 1ª vez e única, 2km de asfalto. Começou a passar um flash na minha cabeça, de todo treinamento, do apoio dos meus amigos, daquela longa semana, do calor, do frio, da saudade de minha esposa carol, da insônia, do desconforto, uma semana sem tomar banho, sendo o único brasileiro na prova naquela ano, terceiro na historia, concluí o meu grande sonho na posição 245 fechando a linha de chegada aos gritos de brasil, brasil, brasil, muito emocionado, feliz, chorando, com uma sensação de missão cumprida.

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MARATHON DES SABLES – MARATONA DAS AREIAS

** no sábado a noite, tivemos um jantar espetacular já em quarzazate, estabelecidos, de banho tomado, pra recuperarmos as energias. No domingo de manha, livre pra passear e as 14:30hs cerimônia de premiação onde tivemos no masculino a vitória do marroquino Mohamad Ahansal com o tempo de 19h27min46seg, em segundo lugar, o atleta da jordânia, Salameh Al Aqra com tempo de 19h47min10seg e em terceiro outro marroquino, Aziz El Akad com o tempo de 20h16min01´´. No feminino tivemos a vitória da marroquina Touda Didi com o tempo de 28h38min11seg, seguida da atleta e irmãs Simone Kayser e Lis Kayser respectivamente com os tempos de 31h46min40seg.

** tivemos nesta edição novamente a participação de Marco Olmo, italiano de 58 anos, bicampeão do tour do mont blanc, onde neste ano terminou em 11º lugar, e também a participação de luiz henrique, ex jogador de futebol do barcelona e da seleção espanhola.

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** equipamentos obrigatórios :
01 apito, 01 canivete, 01 saco de dormir , 01 espelho de sinalização, 01 mochila, 01 manta térmica, 01 aspira veneno, 01 anti séptico, 01 heady lamp (lâmpada de cabeça) , pilhas de reserva, 01 atestado medico, 01 exame cardiológico .

Taxa de inscrição : 2950,00 Euros

Patrocínio : empresas fortitech, polar truck service, manetoni.

Apoio: nutristore, probiotica  e formula academia.

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Equipe D-Run parte com 9 atletas para o UTMB 2012

segunda-feira, 19 março 2018 por drun

A equipe campineira D-Run, capitaneada por Décio Ribeiro, retorna à França para a disputa do UTMB, TDS e do CCC, provas que pertencem ao Ultra Trail Du Mont-Blanc®, considerado o maior evento de ultramaratonas de Trail Running (corrida em trilha) do mundo, disputado ao redor da cadeia de montanhas do Mont-Blanc.

Diones Machado (TDS), José Luis (CCC), José Corissa Neto (CCC), Cyntia Terra (UTMB), Sibila Antoniazzi (CCC), Gilberto Antoniazzi (CCC), Walter e Giovanni Rinaldo (TDS) estão treinando para esta competição desde o começo do ano, onde já disputaram o “Cruce de Los Andes” na Patagônia Argentina.

Todos os atletas são amadores e conciliam a rotina de trabalho com os treinos realizados durante a semana e principalmente nos finais de semana, onde o grupo se reúne para aumentar o volume de treinos sob a orientação de Décio Ribeiro, personal trainer e atleta especializado em esportes outdoors e corrida.

D-Run
Gilberto Antoniazzi e Décio Ribeiro

“Esta é uma prova onde todos deverão se superar bastante. Não somos atletas profissionais, mas mesmo assim treinamos e nos dedicamos quase como atletas profissionais. Isto quer dizer abdicar de muitos compromissos sociais, etc., mas vale a pena quando conseguimos completar algo assim, é uma vitória, uma superação pessoal”, afirma Diones Machado, que retorna este ano para completar a prova que não conseguiu terminar no ano passado.

“A corrida de montanha começou a existir na minha vida logo depois que comecei a correr: três anos atrás. Percebi que nunca iria ser rápida, mas que tinha cabeça e pernas para fazer provas longas. Incentivada pelo professor Décio, me inscrevi em 2011 pela primeira vez no Cruce de los Andes. Com os pontos desta prova podia tentar uma vaga no CCC, prova da qual ouvia falar tanto pelo Décio e outros amigos. Como já tinha participado do Cruce duas vezes, nada como me desafiar e correr no Mont Blanc. Treinos longos em horários fora da rotina domiciliar me permitiram sentir que estou pronta para este desafio.

Os preparativos não envolvem só os treinos de corrida e musculação, mas também o cuidado com a alimentação e suplementação, o preparo da mochila com os materiais obrigatórios; tudo é programado. Ter participado em duas provas similares me deixam mais à vontade com todos os preparativos. Agora o CCC, isto vai ser uma surpresa ! Revejo os vídeos para entender esta super produção, este evento tão esperado pelos corredores de montanha do mundo inteiro. Os melhores atletas do mundo estarão presentes e eu, também estarei dando o máximo de mim para cruzar a linha de chegada, só que com uma diferença de 12 horas. Isto não me intimida, me fortalece! Cabeça e corpo tem que estar em sintonia para aguentar esta jornada. Tomar cuidado com os horários de corte, este sim será meu maior desafio. Meu marido correrá comigo e estaremos dando o apoio que cada um precisar. Vai ser uma belíssima prova, estou pronta para começar esta aventura!”, comenta com entusiasmo Sibila Antoniazzi.


Sibila Antoniazzi (CCC), Gilberto Antoniazzi (CCC)

Além da temperatura que pode variar entre 25ºC e 0ºC, o grande desnível acumulado que deverão enfrentar em qualquer uma das provas, os atletas enfrentam também o relógio, pois a cada posto de controle há um tempo limite para se passar e quem não estiver dentro do tempo é eliminado da prova.

Décio Ribeiro, que em 2006 foi o primeiro brasileiro a completar a UTMB, esta que é considerada a principal das quatro provas no maciço Mont Blanc com 160 km, assim como também junto com Luis Mazzotini, ser a primeira dupla Brasileira a completar a ‘La Petite Trotte à Léon’, a corrida com maior quilometragem, esta com perfil mais de 300 km, retorna este ano para disputar o TDS.

Se tudo correr como planejado, o atleta planeja retornar em 2013 para também completar o CCC e ser o primeiro Brasileiro a completar as quatro provas da “série”, o que será mais uma grande conquista para o atleta.

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Nutrição e Esporte: Corrida de Aventura com Décio Ribeiro

segunda-feira, 19 março 2018 por drun

Apaixonado por esportes desde criança, o atleta Décio Ribeiro Santos Junior não imaginava que um dia atravessaria o deserto do Sahara correndo com uma mochila nas costas. Essa foi só mais uma aventura do homem que já atravessou a França, Suíça e Itália, conheceu de perto os lagos congelados e trilhas entre os vulcões da Patagônia e comemorou o ano novo em pleno Aconcágua, a 6.962 m de altitude

Assim, entre situaçõesde extremo frio ou calorintenso, que Décio Ribeirose realiza e mostra seu amor pelo esporte. O interesse por provas mais intensas começoulogo após o término da faculdade deEducação Física (PUC Campinas) em1999, quando correu os 42 km da suaprimeira maratona em Blumenau-SC.A partir daí, começou a galgar provasmais famosas como a maratona deNova York (em 2001) e para disputaras primeiras ultra-maratonas foi umpasso – e dos bem velozes.

 

Em 2004, Décio participou de sua primeira prova extreme e correu 550km no Desa. o de Los Vulcones, passando pela Patagônia argentina e chilena. Foi uma semana de trekking, mountain biking, rapel, tirolesa, natação, canoagem, além da travessia glacial, da neve e apenas 8h de sono no total. Entre as 72 equipes participantes, ficou em 12º lugar na classificação geral e como a segunda melhor equipe brasileira. “É a natureza à flor da pele. Enfrentamos trilhas difíceis, mata fechada, temos que lidar com insetos e outros animais, atravessamos lagos com geleiras e muitas situações adversas da natureza. Mas tudo é superação e conseguir completar a prova ainda por cima com boa colocação é inexplicável”, revela.

Em 2006, foi a vez da ultra-maratona de Mont Blanc, uma das provas de trekking mais difíceis do mundo com um total de 166 km, sendo 15 deles de subida em terrenos arenosos. Em 2008, passou por uma prova de fogo no deserto do Sahara, a Marathon Dês Sables – Maratona das Areias – uma competição dificílima onde enfrentou o sol escaldante e o racionamento de água (apenas 1,5 litros a cada 12km), correndo a uma temperatura de até 55ºC. Sua aventura mais recente foi quando escalou o monte Aconcágua, onde passou 15 dias (durante a virada do ano de 2009) em uma situação de frio extremo. E se depender do atleta, essas loucuras esportivas não param por aqui.

Treinamento pesado

O treinamento de Décio depende muito da próxima prova da qual vai participar, e se inicia geralmente seis meses antes da competição. Quem pratica corridas de aventura deve pesquisar muito sobre a situação climática e a natureza que vai enfrentar para realizar um treinamento o mais próximo possível do desafio. “Para a prova no deserto, por exemplo, eu corria em um tanque de areia e sempre que possível ia para a praia, para me adaptar a uma areia mais fofa”, conta. Se as provas exigem mountain bike e trekking, também é importante treinar em locais que propõem o mesmo desafio.

Como possui uma rotina de trabalho durante a semana – com sua assessoria esportiva, a D-Run – ele não consegue realizar o treinamento completo e somente acompanha os treinos de seus alunos. Portanto, os maiores desafios ficam para os finais de semana, quando pratica a atividade física compatível com a próxima prova que vai enfrentar por 30 a 50 km diariamente, com picos mais longos de até 100 km. “Chego a treinar 30h direto, sem dormir”, revela.

Durante o período pré-competição, a quantidade diária alimentar chega a 5.000 calorias (veja um exemplo de cardápio na tabela) e a suplementação é uma grande aliada de quem faz tanto esforço. De manhã, toma glutamina e vitamina C, após três horas e no lanche da tarde, um shake de Whey Protein com carboidrato e antes de dormir, o mesmo shake com aminoácidos. Os géis de carboidrato são consumidos durante todo o dia, já que o atleta dá de oito a dez aulas de corrida e ciclismo.

Três semanas antes da competição, é hora de tirar o pé do acelerador. Décio diminui a rotina de treinos e a alimentação. “É hora de recuperar o corpo e preparar o psicológico para enfrentar a prova”, conta o atleta, que geralmente viaja uma semana antes para o local da competição em busca de se adaptar ao ambiente.

Suplemento: a refeição durante a prova

Décio conta que algumas corridas possuem postos de apoio que oferecem refeições aos competidores. “A gente come o que tiver. Já participei de provas onde tinha várias opções de comida e até bebida, de outras onde tudo era mais simples e de algumas onde o atleta tem que ser auto-suficiente”, comenta. A equipe geralmente se previne com lanches naturais e barrinhas de cereais, mas o suplemento é o principal aliado do atleta de aventura.

Décio chega a consumir carboidrato em gel de hora em hora, a cada 2h de duas a três cápsulas de BCAA, a cada 6h barras de proteínas e uma cápsula de sal. “Os isotônicos em pó são consumidos o tempo todo, diluídos em água que a gente encontra pelo caminho, tratada na hora com purificadores”, explica.

Missão cumprida!

Após completar a competição, Décio ainda continua com uma suplementação semelhante durante 10 dias. “Algumas pesquisas chegam a comparar a resistência de um atleta assim que ele acaba a prova com a de portador de HIV, portanto continuo com a suplementação para fortalecer o sistema imunológico”, revela. No cardápio das cápsulas e comprimidos, vitamina C, aminoácidos, proteína e alimentação saudável.

Para quem está começando

Além das provas extreme, que têm distância entre 500 e 600 km, existem corridas de aventura que duram de dois a três dias, um dia e até de 4 a 5 horas. Décio afirma que quem quer começar a competir deve primeiramente fazer uma avaliação médica e física para conhecer sua real condição de saúde. “Comece com provas pequenas e depois aumente gradativamente, sempre com acompanhamento de um profissional para indicar o treino e nutrição mais adequados”, diz. Ficou motivado? Então pé na estrada!

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Brasileiros na maior prova do Ultra-Trail du Mont-Blanc

segunda-feira, 19 março 2018 por drun

Brasileiros na maior prova do Ultra-Trail du Mont-Blanc

Brasileiros foram sexto no Mount-Blanc

 

Depois de correr por dois anos consecutivos (2008 e 2009) o UTMB que é uma das provas do Ultra-Trail du Mont-Blanc com 166 Km e 9.500 metros de desnível, em 2010 Décio Ribeiro resolve se arriscar no PTL (Lá Petite Trotte à Leon) a maior prova do Ultra-Trail du Mont-Blanc neste ano a prova era de 240 km com 18.000 metros de desnível ao lado de Décio Ribeiro estava seu aluno e amigo André Arruda já que pela grande dificuldade da prova e por segurança este desafio e realizado em duplas ou em trios assim sendo a primeira equipe brasileira a participar desta ultramaratona.

A dificuldade da prova foi tão grande que das 80 equipes que largaram neste ano de 2010 somente 02 equipes completaram o percurso da prova, e por problemas respiratórios, Décio Ribeiro foi obrigado a abandonar a prova ainda no km 75 onde até então mantinha a 5º posição junto com André Arruda.

Não Satisfeito pelo desempenho de 2010 Décio resolve tentar novamente neste ano de 2011, porem desta vez ao lado de Luis Mazzotini, experiente corredor de aventura e um exímio navegador já que nesta corrida a navegação é fundamental, pois o percurso deve ser realizado através do uso de mapas (cartas topográficas) e GPS o que torna um fator determinante na corrida.

Porém neste ano de 2011 o desafio era ainda maior o PTL de 240 Km passou a ter 300 km o dos 18.000 metros de desnível passou a ter 25.000 metros de desnível para se ter uma ideia da dificuldade do terreno isto é o equivalente a subir e descer o monte Everest desde o nível do mar por três vezes seguidas e tendo um tempo limite de 138 horas para concluir a prova.

 

Em função do acontecido no ano passado os atletas resolvem ir com seis dias de antecedência da largada da prova que ocorreu no dia 22 de agosto as 22:00 em Chamonix França com o objetivo aclimatar melhor forma possível já que por muito tempo iriam permanecer em altitudes acima dos 2500 metros atingindo os 3000 metros. Primeiramente os atletas ficaram no hotel refugio (Praion) em Lês Houches (próximo a Chamonix) a 2000 de altitude onde puderam realizar alguns treinos, já no sábado dia 20 de agosto, procurando melhorar a aclimatação Décio e Luis, sobem para uma montanha denominada de agulhas de midi a 3848 metros de altitude onde ficaram por cerca de 6h no sábado repetindo o feito no domingo sempre verificando através de um oximetro (aparelho que mede a quantidade de oxigênio no sangue) como o organismo estava reagindo à aclimatação os atletas então puderam constatar uma melhora significativa no nível de oxigênio o que iria ser fundamental para um bom desempenho na prova.

Segunda-Feira dia 22 de agosto:

As 15:00 horas tem o inicio do brieffing no ginásio de esportes de Chamonix onde é realizada a checagem de equipamentos obrigatórios, documentos, entrega do GPS e confirmação do celular habilitado.

18:00 horas o retorno ao brieffing e entrega dos dois sacos de apoio que os atletas teriam para usar sendo o 1º no km 110 em Morgex e o 2º em Champex no km 195, onde nos mesmos poderiam deixar roupas de reserva, equipamentos, suplementos, etc., na sequencia se inicia uma explanação de como seria a prova, e depois um jantar de massas.

A tão esperada hora chega e largada se da as 22:00 horas com Décio Ribeiro e Luis Mazzotini iniciando a prova em ritmo confortável já que ainda teriam pela frente a partir deste momento 300 km a serem percorridos, a largada é uma festa com a rua lotada de publico aplaudindo e torcendo por cada atleta mesmo que desconhecido que ali estava para enfrentar o grande desafio, esta festa se deu por pelo menos os 10 primeiros quilômetros até iniciar a primeira grande subida onde a cidade de Chamonix foi ficando para traz. A ansiedade para largada e euforia foi tanta que só depois de ter percorrido cerca de 3 km após a largada que Luis se deu conta que esqueceu os mapas dos primeiros 67 km no hotel ficando então a dupla na total dependência do GPS.

Começo de prova todo mundo com energia sobrando e com adrenalina a mil na primeira subida as duplas e trios colocam um ritmo bastante forte acima da zona de conforto porem o espirito competitivo faz com que não se deixe ser ultrapassado e foi assim que a dupla brasileira seguiu madrugada adentro erro este que acabou tendo consequências mais tarde.

Terça-Feira dia 23 de agosto:

A estratégia da equipe D-run Fortitech Brasil foi de realizar uma prova carregando pouco peso somente os equipamentos obrigatórios e com os alimentos que fossem ser consumidos até atingir o próximo vilarejo ou refugio de montanha com isso largaram com apenas dois lanches na mochila que seriam consumidos ao longo da madrugada e na sequencia pretendiam no final da madrugada encontrar o primeiro local para compra de alimentos que iriam substituir os lanches já consumidos porem nada foi encontrado segundo erro que teve consequências prematuras, pois somando o ritmo forte da largada e a falta de alimento no inicio da manhã, o Luis, passou mal, sentindo tontura, enjoo, onde foi necessário diminuir bastante o ritmo ate que o atleta recupera-se totalmente. E foi somente no final da tarde por volta das 18h00min 60 km percorridos e 5000 metros de desnível percorridos que Décio e Luis encontram o primeiro refugio aberto, onde puderam comer um belo prato de macarronada, ovos mexidos, e sete latinhas de coca cola. Agora alimentados e mais confiantes seguiram com o desafio em um processo de recuperação de posição e alguns quilômetros a frente após uma longa subida e uma longa descida os atletas recebem uma orientação da organização da prova que não mais fariam o trajeto pelo Col de Rousses sendo este modificado para o Col de Forclass esta mudança levou os atletas para uma subida extremamente difícil tornando-se uma verdadeira escalada onde era impossível de se subir sem o auxilio das mãos de apoio sendo esta uma subida bastante perigosa e que exigiu bastante dos atletas onde em seguida atingiriam o primeiro ponto de apoio em Le petite San Bernard Km 80 e 7000 de desnível percorridos, local em que a organização da prova iria fornecer alimentos e alojamento a dupla atinge o local as 01:00 da quarta-feira dia 24 onde se alimentam e tem o primeiro descanso.

Quarta-Feira dia 24 de agosto:

Após dormirem por apenas 3:30 os atletas acordam tomam um reforçado café fornecido pela organização abastecem as mochilas com alimentos e saem por volta das 5h da manha em direção a Morgex km 110 da competição e 10.000 metros de desnível percorridos é ainda de dia quando conseguem chegar a Morgex as 16h15 onde foi possível tomar um rápido banho, trocar de roupa, alimentar-se, repor os suplementos na mochila e partir para o trecho que iria levar os corredores até Borg San Pierre, trecho este em que por mais 60 km não teriam apoio algum de refúgios e da organização.

O dia foi bastante puxado sempre com muita subida e descidas por trilhas bastante características do PTL com nível de dificuldade alto e sempre com muitas pedras e cascalhos porem foi um dia em que a dupla rendeu bastante ao cair da noite a atenção deve ser aumentada, pois se exige mais da navegação foi uma noite bastante dura devido ao cansaço e ao sono, mas era estratégia da equipe dormir o mínimo possível e mais uma noite foi atravessada em claro sem dormir.

Quinta-Feira dia 25 de agosto:

Apesar do sono Décio e Luis passam a noite bem, concentrados e focados no objetivo de ao menos concluir a prova aonde chegam a Borg San Pierre as 15h30, local e que se pode fazer um belo de almoço a base de massa e um bife e também mais algumas varias coca colas. Repostas as energias, mas não o sono o objetivo agora era chegar a Champex segundo e ultimo ponto de apoio fornecido pela organização onde seria possível encontrar o segundo saco de apoio com mais roupas limpas, pilhas e suplementos o planejamento era de chegar lá antes da meia noite e em um ritmo constante e sem errar na navegação atingem o objetivo chegando a Champex as 23h15 o Décio já apresentava varias dores no pé e o Luis sofrendo um pouco com seu joelho e também dores e bolhas nos pés. Os atletas então se alimentam, hidratam, repõem os suplementos da mochila, e dormem por mais 3h de sono já que estavam há 44 horas sem dormir, acordam e saem novamente as 5:00 da manhã com a orientação da organização da prova que teríamos que seguir por mais um caminho alternativo onde todas as equipes estariam tendo que seguir eles nos orientam também que foram obrigados a fazer uso destes caminhos alternativos, pois senão nenhuma equipe terminaria a prova até o domingo de vido a dificuldade da corrida.

Sexta-Feira dia 25 de agosto:

Com o objetivo de recuperar posições e também o tempo perdido pela queda do ritmo devido às dores nos joelhos, pés e bolhas os atletas planejam não mais dormir até o termino da corrida já que tinham rompido a barreira dos 200 km e 16000 metros de desnível positivos percorridos. De Champex se inicia uma longa descida até Martiny para na sequencia subir por lindos parques de pinheiros ate chegar a Marecottes, onde pela terceira vez recebem orientação da organização que deveriam seguir por um caminho alternativo o que os poupariam de atravessar o pico do Luisin, tal decisão foi tomada pela direção de prova, pois no pico esta chegando uma tempestade aonde somente as cinco primeiras equipes que chegaram antes da tempestade puderam passar pelo pico. A D-run Fortitech Brasil seguem pela rota imposta pela direção de prova mesmo sofrendo com dores nos pés e joelho, até atingir o local da rota original do PTL no refugio de Susanfe, a beira de uma enorme barragem a 2300 m altitude, as 19:00h depois de 240 km e 20000 metros de desnível percorridos lá jantaram abasteceram a mochila com lanche e seguiram noite adentro.

No final da noite por volta das 23:00 começa a chover e a dupla atinge um refugio onde as equipes que estavam na frente pararam para dormir incentivados pela noticia que havia pelo menos umas cinco equipes dormindo os atletas seguem com o objetivo de não dormir até a chegada e assim poder ganhar posições através desta estratégia e então prosseguem subindo em baixo de chuva mesmo.

Sábado dia 26 de agosto:

No inicio da madrugada a chuva piora um pouco e vira chuva de granizo o que assusta um pouco os atletas, pois o vento também aumenta o que aumenta a sensação de frio, retornar para o refugio não estava em questão no momento. Não demorou muito para que essa chuva em pleno verão europeu se transformasse em neve e em seguida numa nevasca terrível, muito focados em sair desta situação os atletas prosseguem exigindo muita coragem, concentração e determinação, pois as trilhas se apagaram completamente com a neve, o deslocamento ficou ainda mais lento e cuidadoso onde por diversos momentos passaram por locais bastante íngremes e que se tornaram escorregadios com o gelo, achando que aquela situação não pudesse piorar a dupla chega a um abismo em que o único caminho era subir uma parede de cerca de 20 metros verticais onde ferros fincados na rocha faziam papel de escada correntes e cabos de aço faziam o papel de cordas e davam uma falsa sensação de segurança, a partir deste ponto eles tinham certeza que não podiam voltar e que o único caminho era seguir em frente e sem parar, pois isso significaria congelamento já que não estavam totalmente preparados para enfrentar neve e a temperatura era em torno -10 graus e foi com o instinto de sobrevivência que mais uma vez, o Luis navegou sem enxergar qualquer trilha apenas o branco da neve tirando a dupla do sufoco de forma brilhante a noite inteira ate atingirem o refugio La Voyage a 1750m altitude e km 260 de prova por volta da 3:30 da manhã, o planejamento inicial era seguir sem parar, mas molhados e com muito frio foram obrigados a parar no refugio que com muita sorte havia uma pessoa no local, a qual ajudou a dupla brasileira com alimentação e abrigo a dupla decide então tirar um cochilo de 1 hora para poder se aquecer onde após o cochilo puderam tomar um reforçado café e sair ainda de madrugada com parte das roupas molhadas com a única missão de terminar a prova ainda no sábado, mas as fortes dores os impendiam de imprimir um ritmo mais forte principalmente nas descidas, mas sabiam que estavam bem na prova, pois ninguém desceu a montanha de Le totans naquele nevasca.

E surpreendidos logo após passarem pelo refugio de Canes no km 268, uma dupla francesa os ultrapassa, e logo na sequencia na descida para San Gervais, apontou uma dupla italiana, o que obrigou os atletas a apertar o ritmo mesmo com as dores na subida, e também na descida, onde o sofrimento era ainda maior. Com a pressão da dupla italiana, acabaram encostando na dupla francesa novamente, que haviam aberto mais de 10min, neste momento o Décio se obriga a fazer uma proposta de incentivo ao Luis, (com intuito de perder a aposta é claro) dizendo que se buscassem a dupla francesa, sem deixar a dupla italiana os ultrapassar o Décio pagaria o jantar, feito a aposta ambos se sentiram motivados, e antes do termino da ultima grande subida, a 2300m altitude, passaram a dupla francesa, o que incentivou ainda mais a equipe brasileira a descer com a euforia de estar finalmente chegando.

Estes últimos 5km de descida foram talvez os mais longos dos 300 km de prova e finalmente as 21h00 no centro de Chamonix, com muita gente nas ruas aplaudindo, a equipe D-run Fortitech Brasil cruza a linha de chegada após 119 horas em 6º lugar, com a bandeira do brasil em punho e extremamente emocionados, mas com um sabor de vitória, conquista, alma lavada, enfim uma emoção impar, e talvez o maior premio desta conquista é ser no final ovacionado pela população local, pois uma equipe que completa o PTL é considerado um herói pra eles pois sabem a grande dificuldade do desafio, e não deu outra, varias pessoas desconhecidas foram cumprimentar os dois brasileiros que se arriscaram neste grande desafio e tirar fotos.

O Brasil também foi bem representado pela equipe D-run Brasil no Ultra Trail nas outras provas que fazem parte da competição. No TDS prova de 110 Km e 7100 de desnível por André Arruda com o tempo de 27:51:30, Walter Rinaldo com o tempo de 29:52:36 e Giovanni Rinaldo com o tempo de 32:21:35 que concluíram a prova dentro do tempo estabelecido pela organização onde apenas o atleta Diones Godoi teve que abandonar a prova por ter tido problemas durante a corrida, também no CCC prova de 98 km com 5600 de desnível por Cyntia Terra com o tempo de 14:59:26 sendo ela a única brasileira na competição conquistando a excelente classificação de 8º Lugar no geral feminino, José Luiz com o tempo de 20:25:48 e José Corissa que não completou.

Para Décio Ribeiro particularmente foi uma reconquista de superação e autoconfiança, pois teve problemas nesta prova em 2010 e também porque cerca de 40 dias antes da prova, lesionou a panturrilha, ele agradece Luis, parceiro, amigo e navegador, pela paciência, confiança e cumplicidade, aos amigos que ficaram na torcida no Brasil o tempo todo, e seu patrocinador oficial, a empresa Fortitech de campinas, que sempre o apoia nestes grandes desafios, alem do apoio da Nutristore Suplementos.

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158 km pelas montanhas de Mont Blanc

segunda-feira, 19 março 2018 por drun

158 km pelas montanhas de Mont Blanc

Edição 157 – OUTUBRO 2006 – DÉCIO RIBEIRO

Ela é a única prova do mundo que acontece entre três paises numa única etapa. Trata-se da mais alta corrida européia de natureza – o Ultra Trail Tour du Mont Blanc, na distância de 158 km pelas montanhas. Neste ano reuniu um número recorde de participantes: 2.500 inscritos de 48 países. Entre eles, dois assinantes de Campinas (Décio Ribeiro e André Arruda), os primeiros brasileiros a completar esse desafio, cujo relato apresentamos aqui.

Tudo começou em dezembro de 2005 quando eu (Décio Ribeiro) e André Arruda descobrimos esta prova no site da Petz (marca de equipametos de escalada) e ficamos logo apaixonados. Fizemos a inscrição mesmo sem ter certeza que iríamos.

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Apesar de nossa paixão (e experiência) pela corrida, ultramaratona e corridas de aventura, decidimos fazer vários treinos específicos para enfrentar o desafio de Mont Blanc. Ao longo do 1o semestre realizamos treinamento na Serra Fina (conhecido como trekking mais difícil do Brasil) na região da Serra do Mar, entre as cidades mineiras de Itamonte e Passa Quatro, subimos o pico da Pedra da Mina, (4º mais alto do Brasil com 2.797m), o de Agulhas Negras no Parque de Itatiaia, entre os estados do Rio e Minas, a travessia Itaguaré Marins, alem dos treinamentos para a Comrades (90 km) na África do Sul (em junho), onde o André participou pela 4a vez consecutiva.

Mesmo assim, com 1.600 km de treinamento, ainda não tínhamos certeza se estávamos devidamente preparados. Isto porque as poucas informações que dispúnhamos sobre a prova nos deixavam assustados, pois na Europa, apesar do trekking (caminhadas longas em percursos difíceis) ser muito praticado, especialmente na região de montanhas (Alpes) onde está o Mont Blanc, apenas um terço dos inscritos terminam o Ultra Trail. Em 2005 haviam sido 2.000 inscritos e apenas 700 concluíram a prova dentro do tempo limite de 45 horas.

Para tentar ter uma melhor visão do que iríamos enfrentar, decidimos comprar pela internet os DVDs da prova de 2004 e 2005, o que nos informou bastante, porém o medo ainda persistia, pois os DVDs só mostravam as partes boas e bonitas.

Treino final na Suíça. Enfim, devidamente preparados ou não, viajamos dia 19 de agosto para Chamonix, na França, só que para nos dar um pouco mais de segurança fizemos uma parada em Interlake e Zermat, na Suíça, onde dia 21 realizamos um último treino especifico de 4 horas de subida, com desnível de 1.800m, a 3.000 m de altitude.

Dia 22 seguimos para Chamonix, passando pelo túnel do Mont Blanc de 11 km de extensão – uma maravilha de tecnologia. Ao chegar estávamos ansiosos para sabermos noticias da prova, porém fomos informados que a feira e o congresso técnico para a passagem das informações sobre a prova para os participantes seria somente dois dias depois. Então aproveitamos para passear e conhecer um pouco mais de perto a famosa montanha; de bondinho subimos até Agulhas de Midi a 3.842 m de altitude, onde dá para ter uma visão mais próxima do famoso Mont Blanc, que fica 4.882 m, a mais alta montanha da Europa. O lugar é realmente fascinante.

Enfim, na quinta fomos à feira do evento, onde pegamos nossos números, fizemos nossa checagem de material obrigatório (ver quadro), e encontr amos a brasileira Maxilene, casada com o francês Franck, experiente na prova e em outras do mesmo gênero pelo mundo, que nos deram várias dicas.

Do lado da checagem obrigatória havia um ginásio onde se podia deixar dois sacos de apoio (com roupas, tênis, alimentos), que ficariam à disposição em dois em locais estratégicos (Courmayeur no km 72, já na Itália, e em Champex-Lac, na Suíça, km 117). O que nos chamou a atenção na perfeita organização foi a integração entre os povos dos três paises, a solidariedade das pessoas em querer ajudar e a excepcional infra-estrutura durante a prova.

Largada à noite. Dia 25, enfim, a largada, às 19h05. A prova começa com trecho de 8 km no plano pelas trilhas de Chamonix, porém logo após a passagem do primeiro PC em Lês Houches, os bastões de trekking já seriam sacados para enfrentar a primeira subida sentido a Contamines (km 25).

Optamos por sair com mochila um pouco mais cheia de água (2 litros) e uma caramanhola (garrafinha de plástico) de isotônico para não parar logo nos primeiros PCs para abastecimento, por causa do congestionamento, e concordamos também em correr no plano e caminhar forte nas subidas.

Os postos de abastecimento eram fartos e muito bem organizados, algo realmente impressionante, com Coca Cola, água com e sem gás, frutas variadas, chocolate em barras ou quente, sopa, macarrão.

Aqueles dois pontos estratégicos, Courmayeur km 72, e Champex-Lac km 117, onde estavam os sacos para reposição de roupa e alimento, eram ainda mais completos, pois havia um grande espaço pra massagem, banho, podólogo, enfim, um suporte total.

A intenção focada em terminar a prova nos deixava preocupados apenas em não pegar os pontos de corte que havia em alguns PCs. Fazíamos bem o papel de dupla, com um “puxando” o outro em determinados trechos da prova, incentivando e orientando na hora certa. Isto sempre esteve presente em nossa estratégia, apesar do receio do André por nunca ter ficado duas noites sem dormir, como acontece em corridas de aventura de longa distância. Parávamos poucas vezes, por 5 ou 10 minutos no máximo. para abastecimento e descanso e seguíamos em frente, com exceção daqueles dois pontos estratégicos, em que paramos por 1 hora.

Acompanhamento pelo site. Apesar dos vários pontos de controle, a tecnologia está presente nesta prova, com cronometragem por chip, sendo ele fixado ao número levado pelo atleta no peito. Graças a esse suporte informático, amigos e parentes podiam ir acompanhando a atuação dos corredores pelo site da prova, que informava, on line, o tempo e o local que cada participante está durante a prova.

Como acontece em toda prova longa, imprevistos, lesões, acidentes estão sempre presentes, e conosco não foi diferente. Próximos de completar 100 km do percurso, André começou a sentir fortes dores em seu joelho direito, obrigando-nos a diminuir um pouco o ritmo. Mas estávamos com uma vantagem de quase 7 hora do corte, detalhe que nos mantinha um pouco mais tranqüilos. As dores se agravavam nas descidas, devido ao impacto, porém as dificuldades aumentaram quando, por volta das 20 horas de sábado. saindo de Champex-Lac, pegamos chuva por toda noite, deixando os trechos bem mais escorregadios e perigosos, principalmente em Bovine e Vallorcine, km 126 a 142 respectivamente, onde levamos 7 horas pra cumprir esta etapa.

Sabemos que tudo que é mais difícil também é mais gostoso, e dessa forma, ao passamos por Vallorcine rumo a Argentiere (km 149), a contagem regressiva já começava, e nem aquela longa e fria madrugada nos desanimou.

Nos últimos 9 km, de Argentiere a Chamonix, onde tudo começou, era questão de manter a calma, pois os quilômetros não passavam, e não dava pra aumentar o ritmo; então vinha a experiência de contar o tempo a cada km vencido, pois nossa missão de concluirmos a prova e representar bem nosso país já estava se tornando realidade. Às 7h44 do domingo rompemos a linha de chegada em Chamonix, empunhado a bandeira de Brasil e nos tornando os primeiros brasileiros a concluir os 158 km do Ultra Trail Tour de Mont Blanc, imponente, assustador, porém fascinante! Terminamos na 357ª e 358ª posição, em 36h44.

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The North Face Ultra Trail Tour du Mont Blanc –

segunda-feira, 19 março 2018 por drun

Decio Ribeiro – André Arruda

The North Face Ultra Trail Tour du Mont Blanc – 2006 – 158 km – A única prova do mundo que acontece entre 3 países numa única etapa. Trata-se da mais alta corrida européia de natureza – o Ultra Trail Tour du Mont Blanc.

Em 2006 reuniu um número recorde de participantes sendo 2500 inscritos de 48 nações. Os participantes enfrentaram 158 km, sendo 8,500 mts de desnivelamento positivo e 10 cols (vales) de 2000 mts.

Sonho ou pesadelo

Bom, tudo começou em dezembro de 2005 quando eu (Decio Ribeiro) e Andre Arruda, descobrimos esta prova no site da petz (marca de equipametos de escalada). Ficamos logo apaixonados e fizemos a inscrição sem ter a certeza de irmos.

Não bastasse somente a paixão pela corrida, ultramaratona e corridas de aventura, tínhamos que fazer vários treinos específicos pra enfrentar este desafio. Ao longo do 1o semestre realizamos treinamento em diversos locais do Brasil, treinando em muitas serras e picos. Mesmo assim, com aproximados 1600 km de treinamento, vinha-nos a pergunta: será que estamos preparados?

Tínhamos poucas informações da prova, mas o que sabíamos nos deixava assustados, pois na Europa o trekking é muito praticado, já que é uma região recheada de montanhas (Alpes) e apenas um terço dos inscritos terminam o ultra trail. Em 2005 foram 2000 inscritos e apenas 700 concluíram a prova dentro do tempo limite de 45hs.

Conseguimos comprar pela internet os DVDs dos anos 2004 e 2005 e com o que vimos tivemos uma melhor noção do que iríamos enfrentar, porém o medo ainda persistia, pois os DVDs só mostravam as partes boas.

Antes de chegarmos em Chamonix, na França, fizemos uma parada na Suíça e no dia 21/08 fizemos um último treino específico de 4h de subida com desnível de 1800 a 3000 mts de altitude.

Na terça-feira dia 22/08 chegamos em Chamonix. Não bastasse a ansiedade da prova, a checagem de equipamentos e briefing da prova só aconteceria na 5a feira no ginásio da cidade. Lá pegamos nossos números e apresentamos os equipamentos obrigatórios :

• mochila
• agasalho tipo anorak
• calça
• cobertor térmico
• apito
• 2 head lamps – lanterna de cabeça
• faixa ou bandagem
• camel bag – reservatório de água

Conhecemos o atleta francês Frank Viander , experiente corredor de aventura, que dentro de seus melhores resultados estava uma prova de 10 dias realizada no nordeste do Brasil em 2000, onde sua equipe terminou na 2a colocação. Inclusive, em uma dessas viagens ao Brasil ele conhece a amazonense Maxilene, com quem se casou. Franck nos ajudou com várias dicas sobre a prova, entre elas não sair muito forte, o que levar na mochila…

A prova permitia que você deixasse 2 sacos com roupas, tênis e alimentos no km 72 já na Itália, e 2 sacos na Suíça, no km 117 da prova.

25/08/06 – 19hs 05 min – largada da prova que começa com um trecho de 8km no plano pelas trilhas de Chamonix, porém logo após a passagem em Lês Houches, os bastões de trekking já seriam sacados pra enfrentar a primeira subida sentido a Contamines (km 25).

Optamos por sair com mochila um pouco mais cheia de água e isotônico pra não parar logo nos primeiros postos pra abastecimento por causa do congestionamento. Concordamos também em correr no plano e caminhar forte nas subidas.

Os postos de abastecimento eram fartos e muito bem organizados, algo realmente impressionante, com coca-cola, água sem e com gás, frutas das mais variadas, chocolate em barras ou quente, sopa, macarrão, algo muito bem organizado pela direção da prova.

A tecnologia está presente nesta prova, com cronometragem de chipping e o desempenho dos atletas podem ser acompanhados no site da prova informando o tempo em que cada participante está durante a prova.

Com o objetivo focado em terminar a prova, fazíamos bem o papel de dupla, ora um puxava o outro em determinado trecho da prova, incentivando e orientando na hora certa.

Como acontece em toda prova longa, imprevistos, lesões, acidentes estão sempre presentes, e conosco não foi diferente. Próximos de completar 100 km de prova, André começa a sentir fortes dores em seu joelho direito obrigando-nos diminuir um pouco o ritmo. Mas estávamos com uma vantagem de quase 7 hs do corte, detalhe que nos mantinha um pouco mais tranqüilos.

As dores se agravavam nas descidas devido ao impacto, porém as dificuldades aumentaram quando por volta das 20hs 10 min de sábado saindo de Champex-lac, pegamos chuva por toda noite, deixando os trechos bem mais escorregadios e perigosos.

Sabemos que tudo que é mais difícil também é mais gostoso e ao chegarmos no km 149, a contagem regressiva já começava. Nem aquela longa e fria madrugada nos impediram de continuar.

Nos últimos 9 km era questão de manter a calma, pois os km não passavam e não dava pra aumentar o ritmo. Nessa hora usávamos a experiência de contar o tempo a cada km vencido, pois nossa missão de concluir a prova e representar bem nosso Brasil já estava se tornando realidade.

 

Às 07hs 44 min e 24seg do domingo 27 de agosto de 2006, rompemos a linha de chegada em Chamonix, empunhado a bandeira de nosso país, o que nos tornou os primeiros brasileiros a concluir os 158km do Ultra Trail Tour de Mont Blanc,….imponente, assustador, porém fascinante !!!!

Decio Ribeiro (34) / André Arruda (40)

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6x finisher do Mont Blanc, Décio Ribeiro

segunda-feira, 19 fevereiro 2018 por drun

 

Ao terminar a OCC (Orsières-Champex-Chamonix) neste ano de 2016, Décio Ribeiro, corredor e proprietário da D-Run Assessoria Esportiva, se tornou o primeiro brasileiro e sul-americano finisher em todas as corridas que formam o evento Ultra-Trail du Mont-Blanc, completando 10 anos de história junto à mítica prova de montanha que se tornou a Copa do Mundo das corridas de montanha e o desejo de todos os trail runners do planeta.

D�?©cio Ribeiro na chegada do OCC 2016, tornando-se finisher em todas as provas do evento UTMB �?© Arquivo Pessoal

Décio Ribeiro na chegada do OCC 2016, tornando-se finisher em todas as provas do evento UTMB © Arquivo Pessoal

O evento é sempre realizado no final do mês de agosto e reune 8.000 corredores para as 5 provas do circuito. Esse número poderia ser muito maior, mas a organização impõe um limite no número de participantes.

A prova passa por 3 países – França, Itália e Suíça – e em 2016 reuniu atletas de 87 países sendo que dentre eles, 12 levaram delegações com mais de 100 representantes.

O desafio de completar todas as provas do evento surgiu através de amigos e patrocinadores depois de completar 2 das 4 provas na época, feito finalizado em 2013. Um ano depois a organização lançou o OCC e Décio voltou para completar novamente, todos os percursos oferecidos.

As cinco distintas provas que formam o evento são:

  • UTMB® [Ultra-Trail du Mont-Blanc ]
    170 km com 10.000 metros de inclinação positiva
    Tempo limite: 46h30m
    Número máximo de participantes: 2.300
  • CCC® [Courmayeur-Champex-Chamonix]
    101 km com 6.100 metros de desnível positivo =
    Tempo limite: 26h30m
    Número máximo de participantes: 1.900
  • TDS® [Sur les Traces des Ducs de Savoie]
    119 km, com 7.200 metros de desnível positivo
    Tempo limite: 33 horas
    Número máximo de participantes: 1.600
  • OCC [Orsières-Champex-Chamonix] 
    55 km de cerca de 3.300 metros de subida
    Tempo limite: 14 horas
    Número máximo de participantes: 1.200
  • PTL® [La Petite Trotte à Léon]
    300 km com 26.500 metros de subida
    Tempo limite: 151h30m

Andre Arruda e D�?©cio Ribeiro, os primeiros brasileiros a completar o UTMB �?© Arquivo Pessoal / 2006

Andre Arruda e Décio Ribeiro, os primeiros brasileiros a completar o UTMB © Arquivo Pessoal / 2006

Leia abaixo o relato de Décio Ribeiro:

“Em 10 anos de história com o Mont Blanc, onde em 2006 desbravei o UTMB com meu aluno e amigo Andre Arruda, a paixão foi à primeira vista. Desde então sempre mantenho um vínculo com aquelas montanhas.

Voltei em 2007 e repeti o UTMB, levando além do Andre, mais quatro integrantes da D-run e desde então sempre treino alunos e amigos pra participar do que podemos chamar hoje de COPA DO MUNDO do trail running mundial.

Décio e Andre ao lado do italiano Marco Olmo, que aos 57 e 58 anos de idade se tornou bi-campeão do UTMB nos primeiros anos de prova dos brasileiros. © Arquivo pessoal

Em 2011 completei ao lado de Luiz Mazzotini o PTL de 330 km, e na sequência 2012 e 2013 o TDS e CCC respectivamente.

E este ano terminei um ciclo muito importante na vida, concluindo o OCC, a prova mais curta do circuito, e me tornando o 1º Brasileiro e Sulamericano a ser um FINISHER em todas as provas.

Orgulho de ser brasileiro, representando meu país; orgulho de ter uma esposa, Marcia Beltrame, que sempre me apoia, estando do meu lado sempre, dos meus filhos, agora em especial o pequeno DDD; aos meus pais; e com certeza a todos meus alunos, amigos e parceiros, que sempre me apoiaram e me incentivaram !!!

Dicas importantes – Disciplina e um bom planejamento sempre farão uma grande diferença para a obtenção de um ótimo resultado em provas de ultra maratonas, seja de asfalto ou montanha. Uma boa periodização com a prova alvo, no decorrer dos treinamentos, com suporte de provas complementares, irão ajudar muito a concluir com êxodo um grande desafio. Procure estar em dia com sua avaliação física, médica e procure um treinador ou profissional pra lhe acompanhar e montar sua planilha de treinamento.

Cada prova: um sentimento, uma decisão, um sonho a mais, uma surpresa, uma superação….uma conquista.

UTMB 2006 e 2007: em 2006 o grande objetivo era completar, já que a prova mais longa que havíamos feito era a Comrades. Então com muito medo, cautela e uma boa dose de espirito aventureiro, já que eu praticava corridas de aventura há alguns anos, foram fundamentais pra me ajudar a concluir este desafio. Já em 2007, o objetivo foi em baixar meu tempo e ver até onde o meu corpo poderia andar mais rápido, claro, com uma dosagem de bom senso, porem já sabendo e conhecendo a prova.

PTL 2011: não tem como falar deste prova, sem antes comentar que em 2010 eu tentei fazê-la ao lado do parceiro Andre Arruda, porém o início de um edema pulmonar por volta do km 80 me fez abandonar. Sonho adiado, porém não desistido. Voltei em 2011 ao lado de outro grande parceiro, Luis Mazzotini. Realizamos aclimatação uma semana antes em refúgios acima de 2.500m de altitude nos arredores de Chamonix e isso foi determinante para o sucesso desta conquista, além de muito treinamento e uma logística bem elaborada, pois esta prova tem como característica ser Survivor, ou seja, auto suficiente, contando apenas com direito a 2 sacos de apoio em lugares determinados e o uso de cartas topográficas e GPS para seguir a rota. A grande surpresa aqui foi uma chuva de granizo e neve que enfrentamos na ultima noite, causando uma sensação térmica de -10 ºC em pleno verão europeu. O perrengue foi grande, mas com equipamentos de alta qualidade, experiência e muita navegação conseguimos superar este grande susto.

Luiz Mazzotini e D�?©cio Ribeiro no final do PTL �?© Arquivo Pessoal / 2011

Luiz Mazzotini e Décio Ribeiro no final do PTL © Arquivo Pessoal / 2011

TDS 2012: este desafio foi criado por amigos e patrocinadores. “Agora você terá que voltar e fazer todas as provas”. Até então as duas que faltavam era esta, de 119 Km e o CCC, de 101 Km. Algo mais fácil, porém sem perder o respeito pelas montanhas. Assim me pré-dispus a treinar forte e voltar para Chamonix para concluir mais esta dura prova, que comparada com a UTMB, dividindo a quilometragem pela altimetria, a deixava mais difícil e mais técnica.

CCC 2013: a mais curta, porém a mais a fácil ? Bom, na vida temos sempre uma nova lição e surpresa. Neste ano estava com o maior grupo do Brasil: 10 atletas para participar das provas do circuito. Tive um inicio de prova bem tranquilo e após passar por Champex, o que era pra ser mais uma prova a concluir, se tornou um martírio e uma prova dramática. Minhas forças acabaram e a cada subida e descida, parecia que eu iria desmaiar. Realmente foi um grande aprendizado e com a ajuda de meus amigos e pensando apenas em concluir, descobri o significado da frase: “a fé move montanhas”.

Luiz Mazzotini e D�?©cio Ribeiro com o diretor da PTL, Michel Polleti �?© Arquivo Pessoal / 2011

Luiz Mazzotini e Décio Ribeiro com o diretor da PTL, Michel Polleti © Arquivo Pessoal / 2011

OCC 2016: em 2014, um ano após eu concluir todas as provas do circuito, criaram esta nova de 55km. Novamente movido pela paixão e amigos, voltei neste ano para fechar mais esta prova, com largada de manhã e tempo limite de 14h. Prova menos complicada, porém com altimetrias fortes, pois faz parte do mesmo caminho do UTMB.

Conquistei mais esse sonho e completei (de novo!) o Circuito UTMB. E com um gostinho mais que especial, com meu filho Davi na torcida.

Por isso que digo: “O impossível só existe para aqueles que nunca tentaram.”

No decorrer de todas estas conquistas, tenho que agradecer a todos os meus apoiadores e patrocinadores, que de uma forma ou outra, acreditaram no meu ideal. Obrigado a Fortitech, Salomon Brasil, Costa Verde Turismo, Bionexo e Nutristore por me apoiarem neste grande projeto!!!

Agradeço a Deus por mais esta oportunidade e posso dizer que sou um cara de sorte por ter recebido mais esta benção!!! Muito obrigado !!!”

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quinta-feira, 11 janeiro 2018 por drun

MATÉRIAS PUBLICADAS

http://www.corpore.org.br/cws_exibeconteudogeral_1488.asp

http://revistacontrarelogio.com.br/cgi-local/materia_impr.pl?999.147

http://revistacontrarelogio.com.br/materia/158-km-pelas-montanhas-de-mont-blanc/

http://corridasdemontanha.com.br/site/?p=2318

http://revistacontrarelogio.com.br/cgi-local/materia_impr.pl?999.941

http://www.revistasuplementacao.com.br/?mode=materia&id=302

http://www.adventuremag.com.br/noticias/5/3990/equipe-d-run-parte-com-9-atletas-para-o-utmb-2012.html

http://gooutside.uol.com.br/1711

Uma aventura no deserto do Sahara

http://m.advmag.com.br/noticia/newsm.php?category=5&id=1831

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